terça-feira, 21 de junho de 2011

PARA BOBBY FISCHER COM AMOR

Bobby Fischer por Harry Benson/Life Magazine. “Em uma de suas longas caminhadas durante a disputa do título mundial de xadrez contra Boris Spassky, da Rússia, na Islândia, Bobby Fischer e Harry Benson foram passear em um campo onde alguns cavalos selvagens pastavam, e um deles se aproximou de Fischer, que amava animais. “Harry, Harry, ele gosta de mim!”, Fischer falou. Mais tarde eles saíram procurando por eles novamente, mas não os encontraram. “Ele ficou desapontado, mas nunca falou nada sobre isso”, disse Benson.” (fonte: Dylan Loeb McClain in Capturing Bobby Fischer, The New York Times, 19/6/2011).

Fechado num apartamento no Brooklyn,
um menino faz da partida da Dama, a razão de encontrá-la
e perdê-la novamente. Mas agora sob
seu controle, fazendo a cidade inteira virar
sessenta e quatro casas do tabuleiro.
E com o cavalo do rei e com o cavalo da dama,
movimentos em eles, letras e pronomes,
ele pula de Nova Iorque para Zurique,
de Zurique para Mar del Plata,
de Mar del Plata para Estocolmo,
de Estocolmo para Leipzig,
de Leipzig para Reykjavik.
Partidas.
Fechado numa casa em Carazinho,
um menino descobre com o outro como derrotar
a Variante do Dragão. Dragão Verde que um dia
o pai contou, descontou, foi. Dragão.
E a Dama?
De Ruy Lopez à Defesa Siciliana,
da Defesa Índia do Rei à Abertura Inglesa,
esse guri jogado, jogador,
um peão,
perde o grande torneio de Passo Fundo.
Às damas.

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