Fonte: primeira página do Meia Hora, Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 2011.
“SACERDOTE:
Édipo igual a um deus? Nem eu nem os
meninos incorremos neste equívoco;
um ás te reputamos nas questões
da vida e no comércio com os deuses.”
Édipo Rei de Sófocles na tradução de Trajano Vieira. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 40.
Pois é. Ontem, assistindo ao ato de posse, perguntamo-nos aqui: quem é essa mulher. Até que soubemos que era a Marcela.
ResponderExcluirQuerida Marta, em meio à pompa, aos discursos perfeitos, emocionantes - até chorei quando a Dilma falou de quem tombou pelo caminho, isso é puro Sófocles, os que tombam, os que mancam, os que tropeçam tentando acertar o passo, tentando fazer melhor, tentando sair da mesmice, tentando romper o tédio, tentando chegar lá onde nunca se chega, mas a tentativa é bela -, porém, quando ela começou a falar em soberania, meus 17 anos passados em uma estatal tremeram, pois vem aí mais Estado, mais interferência, mais quinhentas diretorias especiais, da coisa nenhuma à coisa alguma, mais secretarias, mais reuniões, mais grupos de trabalho, ou seja, tudo aquilo que eu abomino em um governo - e aí percebi que não faço parte disso aí. Era Lula vindo querer me abraçar e eu correndo desesperado para o lado da...Marcela!! Ela me salvou dessa chatice infinita dessa esquerda politicamente correta, de cotas prá lá, cotas prá cá, enfim, um saco! As tranças da Marcela me pegaram, me rapunzelaram, me encantaram!! Um grande abraço.
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