Fonte: Joaquim Ferreira dos Santos na sua coluna “Gente Boa”, sobre o lançamento do filme “Mulatas! Um Tufão nos Quadris”, do diretor Walmor Pamplona in O Globo, 2/3/2011.
Sensacional! A mulata Bisteka – nem imagino o que pode haver neste nome, é um nome-tufão, é um nome que instiga, cutuca, mexe, é um nome-remexe, é um nome que fala de denguice, de mimosice, de carne, sim, não há que ter pudor agora, uma carne-não só carne, mas uma carne acompanhada, uma carne-fantasia, nome da fantasia, uma carne em que as palavras dão voltas, chegam perto, tentam pegar, definir, marcar, mas essa carne-mulata, essa carne-mulher é o próprio carneaval, e, como eu ia dizendo, essa mulata Bisteka, mulata querida, passista, mulata linda, poeta da carne, então, essa Bisteka, com ká, vem cá, o que eu quero dizer é que essa mulata recebeu a cantada mais linda de todas – quando um homem dá todos os seus vales-transportes para uma mulher. Sabe o que isso quer dizer? Isso quer dizer que ele encontrou, ele achou, ele chegou, ele não precisa vagabundear mais, ele pode deixar cair seu ideal de Don Juan, aquele que o fazia deslizar de uma em uma, sem parar. Quando um homem dá para uma mulher todos os seus vales-transportes ele está lhe dizendo eu te amo. Da forma mais doce, suave e masculina que existe.
quarta-feira, 2 de março de 2011
QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER
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